tag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post3038994951262558187..comments2023-04-29T02:45:18.869-07:00Comments on Maçãs Podres: MATERNIDADE, PATERNIDADE E FEMINISMOGRIF Maçãs Podres - Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12779144901014972606noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post-79068178456597758192009-08-19T17:46:37.170-07:002009-08-19T17:46:37.170-07:00Cara Adília
Parâmetros para uma construção dialéti...Cara Adília<br />Parâmetros para uma construção dialética:<br /><br />Creio que o que Hume chamou de “família natural” são a conhecidas “relações de parentesco consanguíneas”, anteriores aos difundidos modelos do patriarcado Eurasiático. De Hume a Bachofen, Engles, etc... como bons europeus, analisaram estas relações microssociais como o etnocentrismo comum a tais pensadores, mas é necessário compreender que o parâmetro do texto é a ontologia do conceito Família (que remete a uso de autoridade e propriedade legal sobre bens e pessoas) e não a equivocada comparação estabelecida por estes estudiosos, que analisaram tais relações, tendo como base fundamental as relações de parentesco de suas próprias culturas impregnadas por valores de posse e propriedade. Deste modo, o que eles identificaram como “familiares” não necessariamente é compreendida pelos povos que as praticavam, do mesmo modo que conhecemos. Tentarei me aprofundar mais no Hume em outra oportunidade. <br /><br />Creio que a base de nossa divergência teórica se fundamenta na crença ou não do “mito do eterno feminino”. Os homens são “parte” do problema, porque a outra parte é o “ser mulher”. Para acreditar nestas definições, é necessário aceitar uma “essência de natureza imutável característica a cada sexo”. Se partirmos do pressuposto que ser “mulher ou homem” é uma construção social, teremos como pressuposto a eliminação destas concepções e papeis sociais. Como o conceito do que é “ser mulher” é definido pela maternidade (o biológico, entre outras), toda e qualquer fêmea da espécie deverá desejar “naturalmente” ser mãe, para torna-se uma “mulher completa”. Não aceitando assim a possibilidade do aborto. Como a definição de mulher, para os teóricos essencialistas (por exemplo: Aristóteles e Freud), é que a fêmea da espécie é “um macho castrado”, o em-si básico que define o que é “ser mulher” é o “ser homem”. Conclusão, para que uma mulher sinta-se “completa”, ela precisa do pênis que lhe falta, e que idiotas psicanalistas definiram e defenderam como “a inveja do pênis”. <br />Estas são definições essencialistas, não aceitamos, pois sabemos que os papeis de mulher e homem são construções sociais formadas para a manutenção dos mais diversos privilégios que existe a partir da opressão de gênero. Desta maneira, o “ser homem” é nosso alvo principal, e não único. Pois destruindo esta concepção/atuação, destruímos também “o mito do eterno feminino”. Mito este, presente no consciente coletivo, que serve de direção para a criação educacional das crianças da espécie, ou seja, novos oprimidos e opressõres. Pregamos o fim da maternidade/paternidade e defendemos o principio básico dos cuidadores – livre dos papeis sociais da feminilidade/maternidade e masculinidade/paternidade. <br /><br />Abraços podres, PatrickP.S. AVISOhttps://www.blogger.com/profile/04757310713308441702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post-15931442292717875042009-08-19T14:49:04.715-07:002009-08-19T14:49:04.715-07:00Caras maças podres
David Hume desenvolveu o concei...Caras maças podres<br />David Hume desenvolveu o conceito de família natural no Tratado da Natureza Humana, não consigo localizar as páginas porque li em edição on line, mas se V. tiverem o livro não deve ser dificil. Claro que H. também reconheceu a família artificial que resultaria de contrato e convenção. Na mesma linha distinguiu virtudes naturais de virtudes artificiais e considerou por exemplo a modéstia e a castidade como artificiais. É um pensador muito interessante e muito realista quanto à situação das mulheres.<br />Agora há uma divergência de fundo na maneira como V. e eu encaramos o feminismo. V parecem alinhar com o f. radical que vê os homens apenas como parte do problema. Para mim de facto os homens são parte do problema mas também são parte da solução, porque o mal do patriarcado não atingiu só as mulheres e sempre que há carcereiros e prisioneiros em certa medida os carcereiros também estão presos.<br />De qualquer modo, apesar das divergências parece-me proveitoso trocar ideias, pois realmente a frente inimiga é tão ampla que com divisonismos dificilmente se vai a qualquer lugar.<br />Abraço, adíliaAdíliahttps://www.blogger.com/profile/16640045817981918242noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post-2583880540962704982009-08-18T22:15:41.664-07:002009-08-18T22:15:41.664-07:00Cara Adília,
Para melhor trocarmos ideias
o texto...Cara Adília,<br />Para melhor trocarmos ideias <br />o texto segue os eixos:<br />1º - questionar a imposição social de uma maternidade que nem mesmo vislumbra a possibilidade do aborto (pq uma mulher assumi uma gestação - masculinamente -indesejada, para logo depois exigir o reconhecimento da paternidade desta criança);<br />2º - questionar a reprodução dos papeis sociais de mamãe/papai, ao invés de se investir na concepção de cuidadores, independente das designações sociogenitais;<br />3º - questionar a não efetivação de uma criação/educação que liberte de imediato as crianças dos papeis sociais de mulher/homem, mamãe/papai, marido/esposa/amante.<br /><br />Gostaríamos também de:<br />1º Saber em qual contexto Hume escreveu/declarou tal frase, pois já em seu conceito ontológico original o termo família (FAMULUS), por si só, representa uma extrema opressão e imposição de poder e autoridade. <br /><br />2º Elucidar que “produção independente”, não se tratava de uma questão fundamentalmente biológica – ovulo e espermatozóide, mas de uma ação existencial autônoma, uma autodeterminação para-si e uma auto-afirmação frente as instituições da dependência econômica, legal, tutelar e matrimonial imposta as mulheres. Ou seja, uma escolha/ação/práxis política de rompimento com as amarras morais e estruturais que exigiam das mulheres a presença de um homem, e seu sobrenome, dentro de sua casa e vida, para que estas pudessem ser consideradas capazes e respeitadas. <br />3ºreafirmar que – assim como vc explicitou - concordamos no demais.<br />SaudaçõesGRIF Maçãs Podres - Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/12779144901014972606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post-47455676715995096342009-08-18T19:08:22.725-07:002009-08-18T19:08:22.725-07:00Caro Patrick
Como bem sabe, os respeitáveis pais d...Caro Patrick<br />Como bem sabe, os respeitáveis pais de família sempre procuraram descartar-se das consequências das suas aventuras fora do casamento para preservar a herança dos filhos que consideravam legítimos. No período da revolução francesa em que ingénuamente ainda se pensava que a liberdade ia ser para todos/as, as mulheres reivindicavam que lhes fosse reconhecido o direito de designarem o pai de um filho, o que significava denunciar a paternidade «ilegítima». Hoje as técnicas de identificação do ADN vieram colocar em apuros os tais pais de família e ainda bem, acho que foi uma ajuda extraordinária. De resto permito-me discordar de si, uma criança tem direito a ter mãe e pai, isso da produção independente é mais um erro de perspectiva, assim como um homem não faz um filho a uma mulher, como na linguagem sexista ainda hoje se diz, uma mulher também não faz um filho sozinha e esta realidade é insofismável. Para mim o problema não é acabar com a família, é acabar com a família patriarcal; Como diria Hume, os laços de intimidade, cooperação e amizade que a família natural pode promover são uma boa escola para a vida social; claro que a família num futuro que não deve estar muito distante, vai ser muito diferente da que conhecemos, de resto isso começa a vislumbrar-se. A nossa tendencia para rejeitar a família que ainda conhecemos está no facto de ela ter sido o «locus» de opressão da mulher, inclusive da opressão económica, coisa que o marxismo, por exemplo, negligenciou.Adíliahttps://www.blogger.com/profile/16640045817981918242noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post-60665459003217554522009-08-17T21:59:06.525-07:002009-08-17T21:59:06.525-07:00Car@s Adília
Sim, refletimos sobre sua colocação(...Car@s Adília <br />Sim, refletimos sobre sua colocação(e sugestão) sobre o layaut do blog, e concluimos que estava certa. Dispostas a mudanças, começamos mais uma mudança -dorolosa por sinal. Uma mudança que possibilitasse uma maior absorvição dos textos. Esperamos seu comentário crítico sobre o texto venha para enriquecer a dialética, o registro do conhecimento divulgado e nossas posições políticas. <br />Agradecemos a colaboração.<br />.<br />...e Beto<br />sabermos que o que determina o caráter de um ser humano é a soma de sua conduta. Por tal motivo, iremos ler o seu texto (e blog) com a atenção merecida, como o devido e mesmo tratamento que dispensamos ao homem que do nosso grupo faz parte, ou seja, com o necessário distanciamento, mesmo quando entendemos que tal homem é um possível ser humano feminista. <br /><br />Por fim,<br />Abraços podres de todas maçãs, inclusive do Patrick!GRIF Maçãs Podres - Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/12779144901014972606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post-34707765463858700272009-08-17T19:03:38.667-07:002009-08-17T19:03:38.667-07:00para comparar, um texto desse pagão:
http://betoq...para comparar, um texto desse pagão:<br /><br />http://betoquintas.blogspot.com/2008/03/eles-so-da-famlia.htmlbetoquintashttps://www.blogger.com/profile/11000304527254896774noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8912060548362168899.post-38894008909615492402009-08-17T04:49:00.890-07:002009-08-17T04:49:00.890-07:00caro Patrick
O seu texto está muito interessante e...caro Patrick<br />O seu texto está muito interessante e levanta questões pertinentes, mas vou-me guardar para outra leitura para fazer um comentário.<br />Para já parabens também pelo novo formato do blog: o texto deixou de ter ruído e embora extenso e complexo, torna-se de leitura muito mais acessível.Adíliahttps://www.blogger.com/profile/16640045817981918242noreply@blogger.com