14 de abr. de 2011

A Tragédia de Realengo, uma séria desconstrução da novelização da mídia

 (vídeo de Wellington para as autoridades educacionais no final)
Marc Lepine, autor do assassinato de 14 Mulheres
que originou a Campanha doLaço Branco
Em 06/12/1989 Marc Lepine, de 25 anos, invadiu uma Escola Politécnica de Montreal, mandou todos os homens (48 aproximadamente) se abaixarem, e gritando “vocês são todas feministas?!” assassinou 14 mulheres, se suicidando logo após.
A justificativa deixada em carta dizia que “ele não suportava ver mulheres estudando num curso masculino”.
O fato antecedeu em 10 anos os acontecimentos de Mateus da Costa Meira, chamado de “baiano” pelos colegas de faculdade, metralhar pessoas no shopping Morumbi (03/11/1999), durante uma sessão de "Clube da Luta".
Mesmo tempo dos também “bullyngnados”, por atletas do centro acadêmico, Harris e Klebold que metralharem os estudantes de Columbine (20/04/1999). 
Mateus da Costa Meira, autor de um
ataque durante o filme "Clube da Luta"
Quase 15 anos antes de Edmar Aparecido Freitas (27/01/03) no interior da Bahia. E quase vinte anos de Cho Seung-hui assassinar na Virginia (16/04/07). Mais de 20 antes de Wellington Menezes de Oliveira.
Somos leigas em conhecimento genético, patologia hereditária, psiquiatria forense e astrologia. Sabemos apenas que qualquer ambiente social potencializa comportamentos, sejam eles naturais ou culturalmente construídos. E por isso, vamos trabalhar com os fatos.
Homofobia e Padronização
Harris e Klebold, autores
 do Ataque de Columbine
Todos estes rapazes foram descritos em entrevistas como "estranhos", de comportamento "esquisito" e que não "andavam iguais as outras pessoas". Eis o que significa não ser "padronizado". 
Todos rapazes eram vistos como "pacatos", e excluido um, todos sofriam bullyng e eram tratados como "perdedores".  Eis o modo como o mundo acostuma a rotular garotos que não são hipermasculinizados. Nenhum deles eram estudantes de medicina, que dirigem carros, dando tapetadas em moradores de rua. Jovens assim são "normais, populares e descolados". 
 Eis que mesmo depois de mortos, estas pessoas recebem os mesmo adjetivos,  na mídia, "covardes" e "loucos". Só que agora já não podem mais sofrer com a visão que o mundo faz deles.
Cho Seung-hui, autor
do Massacre da Vírginia
É ai que o caso de Marc Lepine que impressiona. Um caso “esquecido”. Em sua ação repousam vítimas e objetivos bem descritos. Nas pesquisas que fizemos no caso Marc Lepine não há citações a bullyng, mas ele foi explicito, "culpou o feminismo por arruinar sua vida". Isso, por viver desempregado, não conseguir concluir um curso universitário, etc. Não sabia ele que a ausência de oportunidade para todos é consequência do sistema capitalista, da economia patriarcal. 
Também não ficaremos direcionando pedras na direção dele, ele não é culpado de todas as mortes de mulheres no mundo. Ele era produto de uma sociedade que deteriora as relações humanas, resolve as diferenças com rótulos que justificam a exclusão social e se esquiva dos debates sérios. 
Edmar Aparecido Freitas
autor de ataque a uma escola
do interior da Bahia.
Em semanas, já não falaremos mais em Wellington Menezes de Oliveira. 
O bullyng continuará nas escolas gradeadas, com cadeados de prisões. Contruidas para a adequação social de jovens as regras existentes antes de seu nascimento. Papai manda dizer "sim, senhor"; os professores gostam que digam "sim senhor"; o exército (e as autoridades policiais) treina-os pra dizer "sim senhor"; o patrão exigí-nos um "sim senhor"; e os sacerdotes nos mandam dizer "amém". Tudo é uma questão de boa educação.
Os professores do Brasil, ainda se formaram e formarão pessoas com os mesmo preconceitos que eles (um estudo recente feito pela Fundação IPE revelou que 98,9% dos professores e estudantes entrevistados dentro das escolas declararam querer distância de lésbicas, gays e bissexuais). As questões humanas da sexualidade, ainda serão um tabú. 
E sem crise ou espetáculo midiáticos, mulheres, travestis, negras/os, lésbicas, gays, pobres e crianças continuaram sendo chacinadas diariamente por indivíduos que não serão utilmente descritos como "esquizofrênicos", no máximo: "meliantes". 
No momento, Wellington Menezes de Oliveira é tudo isso que dizem dele: "covarde", "esquizofrênico", "estranho", mas a novela mídiatica da demonização também o classificará de outras formas, até que o esquecimento conveniente dos fatos se façam.

A Novelização da Trágedia Humana
De onde veio o boato de que o assassino de Realengo era soro positivo?

Matéria afirma que Wellington
era Homossexual (clique no link)
"Foi o subprefeito quem passou pra mídia", podem dizer os jornalistas. Mas por qual motivo esta pessoa imaginou isso? Esta resposta só quem plantou o boato pode dizer, mas o estrago feito nas horas que a notícia foi vinculada, ninguém sabe e nem se responsabiliza. Alguém se responsabilizará? 
E os jornalistas não deveriam averiguar os fatos antes de publicá-los? Alguém foi responsabilizado? Não.
Logo depois, vem um "especialista" e diz: "-Há indícios de que o atirador é homossexual.". E logicamente, ninguém será responsabilizado, mesmo que algum(a) jovem venha sofrer um ataque porque idiotas tão grandes quanto estes "especialistas" acham que a orientação sexual de alguém é "um desvio anormal, que afronta a natureza".
Alguém será responsabilizado por este outro boato? Não.
A sociedade do espetáculo gosta de pipoca e refrigerante e os jornais sabem bem decretar as características da "vilania". E se tem vilão, também terá o herói. Neste caso, o "herói" é a força policial. Mas não todos os policiais.
Onde o racismo se esconde estas horas?
"Vice Presidente tira sua casquinha"
Durante os fatos e boatos que seguiram, o sargento da PM Márcio Alves disse diversas vezes que "não era herói e que preferia que nada disso tivesse acontecido". 
Policiais vistam vítima no hospital
Veja a reportagem da Globo
Sabias palavras, mas ainda assim, contra a vontade do "herói",  a celebridade foi criada como uma novela barata. Márcio Alves foi promovido segundo-sargento por "ato de bravura" e condecorado pelo vice-presidente Michel Temer, em pessoa. Promoção merecida, mas o que ocorreu de fato é que o Estado falho e fálico se autocondecorou.
Os políticos da velha escola sabem como tirar proveito da miséria humana. Esta escrito em  "O Príncipe", de Maquiavel,  "o principe deve fazer homenagem aos que se destacam". Se o Tiririca ainda não sabe disso, basta que o Temer leia pra ele.

Imagem do Policial Negro
Esquecido nas reportagens da Mídia
Veja neste link (ele aparce aos 01':17")
Esperamos que o herói, não vire político também, porque a mídia já o fez uma celebridade. Capa de revista e representante da "Tropa de Elite". Mas vocês repararam que em todas as imagens de entrevistas ele não estava sozinho? Tinha também outro PM, o cabo Ednei Feliciano ai na foto acima. São Batman e Robin da mídia na tragédia de Realengo.
Havia um terceiro policial, menos "fotogênico", mais pigmentado, que nós Maçãs Podres só descobrimos quando vimos nas pesquisas do youtube o Paulo Henrique Amorim, fezendo uma entrevista com os policiais, logo depois de terem visitado uma das vítimas. Mas que incrivelmente, a Globo que também acompanhou a visita, mostrada na foto acima, não mostrou em sua reportagem. 

Seu nome é Denilson, percebam que mesmo na Record, durante a entrevista, ele é constantemente “tirado de cena”. Nos perguntamos os motivos disso já que, nos vídeos da escola, ele aparece sem o boné e pedindo para as crianças sairem da sala?  Parece-nos que uma tragédia, um massacre, um femicídio nunca será um fator social forte demais para impedir o quarto poder deixe de não reproduzir a invisibilidade social  do Brasil.
No final das contas, a mídia, o Estado e as Instituições policiais também fazeram seu papel de redatores da tragédia, pois a heróica Instituição Polícia se redime com a ação do Márcio Alves e agora não se vê mais uma só noticia das duas que, semanas antes, repercutiam: a tortura e tentativa de assassinato de um menino de 14 anos no Amazonas (fato ocorreido em 08/2010 e só divulgado este ano) e a corajosa humanidade da mulher que denúciou dois policiais de são paulo após executarem um jovem negro, pondo sua vida em risco no momento que anotava a placa da viatura, a pedido da própria polícia (por que motivos a central não averiguou quais era os policiais na área, quais ocorrência haviam/houveram nas imediações e depois checou os hospitais? Pra que é que serve os rádios dentro destes camburões?). Esta mulher sim, uma "heroína", mulher e testemunha da realidade cotidiana. Mas ela não vira celebridade, precisam ser protegida dos agentes do Estado que deveriam respeitar as leis, só que, ao invés disso, fazem de seu cargo um privilégio homicida.

A novela vira filme de ação hollywodiano
Eram 13:00hs, poucas informações haviam sido divulgadas com certeza, mas Alexandre Haubrich antecipou a visão que compartilhavamos, sem ele saber, e rapidamente descreveu "os próximos movimentos da mídia":
"Minha previsão é que os próximos passos serão no sentido de reforço desesperado desses preconceitos e de aprofundamento do preconceito, do conservadorismo moral e do fundamentalismo religioso anti-islâmico. Além disso, perfis e mais perfis aparecerão: quem foram as vítimas, quem foram os heróis, quem foi o criminoso. A novelização da tragédia, com personagens rasos, retos, sem a profundidade e a complexidade que caracteriza as pessoas reais."
E como todas sabemos foi exatamente isso que aconteceu. Como música comovente ao fundo dos honestos depoimentos dos parentes das vítimas. A exposição do ambiente sujo por onde circula o loucos e vilão (os antagonistas de novela carregam estas duas características), afastando as pessoas comuns de classe média da realidade miserável, com sua "higienice sã", do assassino e da pobreza derivada da desigualdade social.
Prestem atenção nas partes que os "especialistas" escolhidos pela Globo frisam insinuações de que "o problema do Wellington era a esquizofrenia, que o fazia se sentir 'mania de grandeza' e 'perseguição', pois pessoas 'normais' não tem atitudes desesperadas por causa de abusos na escola".
E pior, ainda tem um comentário tosco de uma garota que estudou com o assassino e disse que "ele não usava mochilas, como crianças normais". Ora, desde quando usar ou não o que os outros usam é questão de sanidade ou o indicativo de dúvida de caráter? A menina pode até dizer o que foi a relação escolar deles, mas a Globo edita as falas a partir de seus interesses, como as normas do que ela "determina ser o normal".
Somem aos fatos a insinuação do atentado de11 de setembro, os fatos desumanos descritos pelos próprios "bullynadores" heteromachões foram esquecidos sem debate, e eles também não se responsabilizam por nada (apenas um, situado entre um homem negro e um "não-branco"). A ação de 11 de setembro compreendido em sua complexidade por muito mais pessoas que simples "esquisofrênicos". E então cria-se "Wellington Menezes de Oliveira, o terrorista brasileiro" (só esquecem de relatar que o chefe da Al Qaeda foi treinado e financiado pelo Governo Estadunidense na guerra do Afeganistão dos anos 1980 contra a URSS).
É Fantástico, e prova que cada país constrói o seu próprio Bin Laden.
Vigiar e Punir :
A ditadura da padronização e a sociedade  da vigilância
Na real, o essencial papel da mídia, quando analisada em conjunto, e especialmente neste caso, é atacar as individualidades não padronizadas. Fundamentalmente, as cenas de reportagens que ilustram o comportamento do autor do massacre visam estimular na sociedade uma constante vigilância sobre as pessoas que relutam ou sente profunda dificuldade em se enquadrarem as normas vigentes. Como é impossível, até o momento, instalar câmeras de vigilância sobre todos os ambientes sociais, a mídia insinua que devemos ficar atentos a comportamentos desviantes, estimulando os pais, em especial, e a sociedade a cumprirem o papel de vigias, carcereiros e delatores do Estado.
Politicamente, será papel das famílias conduzirem seus adolescentes “revoltados com causa” a médicos-psiquiatras, para que estes, enquanto “braço da normalidade”, se preciso, medicalizem tais jovens, no momento que o convencimento por si só não der resultado.
O objetivo é a busca a padronização dos comportamentos sociais da juventude. Nos casos que os “psicólogos” não forem competentes, cabe a sociedade então, bem estimulada para fazê-lo, reprimir a individualização com leis de coesão espontâneas, ou seja, comportamentos de exclusão, opressão e denúncia de qualquer pessoa não normatizada.
Foi assim, por exemplo, com a homossexualidade, primeiro, descrita como “doente perversão”, “desvio de comportamento” e “um atentado contra Deus e a natureza”, o que levava a internamentos, prisão, torturas, tratamento psicológico e a morte em vielas e esquinas escuras.
O isolamento na internet era visto pelos pais como uma “coisa boa”, em seu início, pois se tinha a certeza de que os filhos estavam "seguros" dentro de suas casas. Agora, a medida que aumenta consciência sobre o instrumento social que pode ser a internet,como meio de socialização e não como fim, de se estabelecer relações sociais não mercantis, de "livre" expressão sexual e, por que não, de revolução individual através da conscientização coletiva, recai sobre a rede o grande temo social: a liberdade privada (o mote é que a privacidade deve sempre estar sob controle).
Assim, as perguntas que deveriam ser: Por que os adolescentes se isolam na internet? Será que se sentem compreendidos pelos pais ou pela sociedade? Será que a “falência”(como se expressam “os especialistas”) das relações humanas não é produto da relação desigual de poder entre as pessoas? Ou da nossa incapacidade de reconhecer que o mundo é mais hostil para pessoas mais sensíveis? Nunca tem suas explicações divulgadas. E no final, o discurso midiático é:
“Desconfiem de seus filhos quando forem as ruas. Cuidado com as drogas. Também desconfiem de seus filhos se ficarem isolados em casa. Cuidado com a internet. Se possível desconfiem do vizinho, da filha do vizinho que se veste de preto e do lixeiro mal barbeado. Qualquer um que for diferente de você e não estiver sob controle, pode ser seu inimigo”
Nos (des)informando,  a grande mídia não busca explicações reais e transformadoras, contudo, existem explicações reais para os motivos das coorporações de comunicação não divulagar o ataque no interior da Bahia (nem os jornalistas conheciam ou lembraram deste, afirmando que o fato em Realengo era "inédito no Brasil"), o caso de femicídio de Motreal ou as violências diárias e cotidianas.
A grande mídia é o quarto poder do Estado e suas denúncias nunca vão contradizer os interesses de seus anunciantes, o máximo que ocorre é a individualização da culpa de um fato específico, e nunca uma crítica concreta as estruturas sociais, pois esta crítica ajudaria o povo desenvolver sua consciência coletiva e daria armas para uma luta muito mais ampla e transformadora.

A masculinidade em questão
Louco, assassino, estranho, "viciado em internet" (quais adolescentes atuais não são viciados na net?) e "com dificuldades de relacionamento" (quais seres humanos, doentes ou não, também não os possui?) estas são as acusações sobre o autor da Tragédia de Realengo. A sentença que podemos determinar é que o Wellington Menezes de Oliveira matou sim as 12 adolescentes, em sua esmagadora maioria meninas, contudo, a grande conclusão que deveríamos tirar de toda desta tragédia é que ele também é vítima de toda esta história. Não fragmentada no fato do massacre, mas progressiva e continua, como devem ser todas as análises históricas, sem rupturas.
A masculinidade é o que está em questão, muito mais que a " deteorização da família"  e, provavelmente, no mesmo nível que o processo educacional, pois este se encontra construido e inserido dentro da cultura machista, mas com instrumentos capazes de alterar várias formas de intolerância.
Esta tragédia é importante para que os machistas que ilustram suas críticas ao feminismo, se atendem a  lembrar que os homens também exercem sua masculinidade sobre outros homens. E fazem questão de se  mostrarem mais adequados, "adaptados" como ensinam os cientistas e professores de biologia, aos comportamentos do que é ser "homem". Enquanto isso, lembrem-se que os meninos que não reproduzem o hipermachismo sofrem pra caralho.
Os rapazes são educados a fazerem da violência física e psicológica  uma medida de sua masculinidade, da solução de seus problemas. Agregam ainda comportamentos de intolerância senil contra qualquer pessoa que fuja das normas masculinas, da heteronormatividade, da etnicidade branca e do poder econômico.
A violência gratuita é cultuada no patriarcado como um adquador social, um ato educacionalmente institucionalizado. Os pais agridem filhas/os para que estas/es os obedeçam, os maridos espancam as esposas para que elas os "respeitem", homens agridem travestis, homossexuais e lésbicas para que estes se convertam a "normalidade", os racistas batem em negros e nordestinos nas ruas de São Paulo, a luz do dia, para estes não frequentem as ricas ruas da Av. Paulista, a polícia espanca pessoas com o uso institucional de poder para a "segurança" social. A violência é  um comportamento comum as sociedades que desejam adequar comportamentos de jovens, mulheres, pobres, negros e homossexuais e ou mostrarem sua falsa superioridade sobre estas pessoas.
Pelas gravações divulgadas, esta era a  lógica que o Wellington refletia.
Uma questão de feminilidade
E as meninas não vivem fora deste mundo. Muitas vezes são estimuladas a  violentarem e se violentarem, pois quando encontram garotos heterossexuais que não reproduzem as atitudes machistas, eles acabam pondo e expondo dúvidas sobre a qualquer sexualidade.
“Como assim,  não sou sexualmente atraente? Mas este é o único poder que eu pareço ter? Dissera-me que é um poder natural das mulheres”.
A medida que rapazes tenham "pênis", mas não exercem o papel masculino machista, parece-nos óbvio que alguma confusão acaba sendo gerada na cabeça das meninas. Mulheres adultas, não feministas, se sentem assim, por que motivos as adolescentes não se sentiriam?
Por várias razões, as meninas que estudaram com  o Wellington Menezes de Oliveira devem ter tentado colocá-lo no papel de “homem” ("pegador, bruto, canalha, etc"). Inclusive, os homens da reportagem do Fantástico, disseram que também as estimulavam para isso. Elas se mostravam para o Wellington, para na verdade se mostrarem "aos machos alfa". Sentiam satisfação e poder, porém não percebiam que eram apenas objetos de mediação entre as diferentes masculinidades que eles e o Wellington representavam.
Eis é a questão de sexualidade como mola propulsora da repressão machista. Pois a atitude humana de superar o simples papel masculino, ou feminino, torna qualquer ser humano mais completo e cria uma "confusão" na cabeça das pessoas. E esta não padronização aos papeis sexuais, educacionalmente,  é o principal meio pacífico de se transformar os comportamentos maléficos do machismo.

Nós MAÇÃS PODRES,
estamos cientes que "tragédia" é a melhor definição para este fato, mas este texto foi feito para ir além, para que as Maçãs Podres pensem, sejam mulheres ou homens. As pedras já formam lançadas e feriram muitas pessoas. Esperamos apenas que ao lerem tenham se envolvido emocionalmente na questão, pois esta não é uma questão fácil, extrapola " a pena para com as vítimas". Queremos uma reflexão sobre as bases que se assentam as relações de gênero. Onde as vítimas são sempre as mesmas mulheres, meninas, pobres e garotos "não masculinizados".
E assim, sem nenhuma metáfora ou comparação, nem demagogia, sem demonizamos ninguém, nem perdoamos ninguém, buscamos no fundo do lago social, as pedras que não flutuaram aos olhos da sociedade que se encontra afogada na "modernidade líquida", de lágrimas e sangue. 

Carta escrita na íntegra sem os cortes da mídia



Depoimento na noite antes ao ataque



Wellington descreve o trauma do bullyng sofrido na escola e atos de intolerância cotidiana



Manifesto antibullyng para as autoridades escolares


"UMA VEZ UMA MULHER DISSE QUE QUANDO O IMPERADOR FALA EM PAZ, ELE QUER A GUERRA, E QUANDO ALGUÉM DO POVO FALA EM GUERRA, É PORQUE DESEJA A PAZ"
Texto: Ana Clara Marques e Patrick Monteiro 

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