12 de set. de 2011

6 Documentários sobre o Capitalismo e a Farsa do 11 de Setembro

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O sentimento de frustração presente dentro dos trabalhos alienados que somos obrigadas a desenvolver, para nossa sobrevivência, precisa ser compensada com estímulos de prazer imediato. O grande gozo na sexualidade capitalista é o consumo. Contra as ansiedades, estresses, frustrações da vida contemporânea nos são ofertadas os sonhos de uma vida material melhor. Os estímulos consumistas são dispositivos de poder que visam amenizar a frustração inerente a vida da exploração capitalista.
Todavia, o prazer instantâneo não é o único mecanismo de amortecimento social para evitar a insatisfação com o mundo em que fomos cagadas na existência. O outro botão desta nesta engrenagem de coesão social é a antítese dos sentimentos de prazer: a dor e o medo. O temor constante do novo, do diferente, das mudanças sociais também se inclui entre os dispositivos de poder que geram o consumismo. Oferecem-nos a dor para aumentar o miserável prazer de se conformar com a vida do modo que ela está.
Eis a Caixa de Skinner humana. Levamos constantes “choques elétricos” para, como ratos, consumir a ração capitalista. Ontem, vimos o mundo “comemorar” os 10 anos dos “atentados de 11 de setembro”. A pantomima sensacionalista da media mass mundial, reafirmou sua tentativa de construir um temor universal, uma unilateralidade de opinião, com a dor de pessoas de uma região bem específica. Mas o que você diria se todo aquele espetáculo televisivo fosse uma fraude? Fosse uma estratégia de guerra com o intuito de manipular as mentes e manter os povos ocidentais sob controle, consumismo e acomodação? Quantos milhões de pessoas digeriram tamanha violência novamente, deixando de lado suas vidas e seus problemas para simplesmente “agradecerem a Deus” por suas miseráveis vidas?
Abaixo postamos links de documentários que denunciam o controle das mentalidades e a construção da fraude Chamada 11 de SETEMBRO, sua relação com o crescimento econômico e a execução de uma agenda política que precisa ser constantemente realimentada para a manutenção do patriarcado econômico. Vale a pena ganhar uma semana assistindo tais filmes para poder montar o quebra-cabeça do capitalismo, seus dispositivos de poder e entender quem são os homens aquem devemos enfaticamente combater numa insurreição feminista, pois serão eles que mandarão os filhos de nossas colegas nos executar sob a forma de "exército governamental masculino".

Zeitgeist
 
Zeitgeist destrincha os três pilares do sistema econômico: religião, as guerras e a criação do Banco Central Americano. Este material foi duramente criticado e proibido em alguns países, a maior polêmica gira em torno da religião, o filme mostra que Jesus não passa de um mito e todas as grandes crises são geradas de forma proposital. A criação de um inimigo barbudo, tímido e que mora numa caverna como o grande destruidor. O espírito do documentário é afirmar que vivemos uma grande mentira social desde os tempos mais remotos do patriarcado. Tal abordagem temática é tão impactante que não seria leviano dizer que a experiência de assisti-lo gera um grande incômodo nas pessoas.
11 de Setembro, a grande farsa

Documentário feito por um jovem estadunidense, Dylan Avery de 22 anos, ele produziu o documentário praticamente em sua casa, fez uma busca mais que profissional de tudo que mencionava o 11 de setembro. Para quem quer se aprofundar na "grande farsa" é recomendável assistí-lo e cair na realidade da fantasia em que acreditamos viver. É ótimo ver que ainda existem jovens com iniciativa de mudar o mundo, sem o comodismo que impera sobre as pessoas.

Tiros em Columbaine

Documentário estadunidense produzido por Michael Moore. O ponto de partida é o massacre do Instituto Columbine. O filme aponta que o massacre não foi uma acontecimento único na história dos EUA, como a mídia mostrou, e sim algo que tem uma ligação direta com o sistema econômico. Como os EUA, a mídia e os Bancos, não só apóiam, mas incentivam o uso de armas como a solução para uma vida plena e segura. Moore traça de forma brilhante que este tipo de massacre é uma resposta ao conservadorismo e ao capitalismo levado ao extremo, que os adolescentes são o reflexo da própria sociedade, responsabilizando pelo acontecimento, não só o sistema econômico, mas também a própria população estadunidense. Este filme pode também traçar um paralelo com o caso de Realengo, no que tange o aspecto do próprio jovem Wellington Menezes de Oliveira.
clique para ver o filme

Inside Job - Trabalho Interno

O documentário mostra a farsa por trás da recente crise imobiliária dos EUA que atingiu as economias do mundo todo (a famosa marola do LULA). O filme mostra que desde de o governo Reagan, os mesmo homens estão no governo estadunidense até os dias de Barack Obama, e como o FMI contrata “cientistas econômicos” para forjar investimentos que levaram milhares de pessoas a ruína.



The corparation

Documentário de dois canadenses Mark Achbar e Jennifer Abott, "The Corporation", baseado no best seller The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power, nos mostra de forma didática como foi criado e montado a lógica das corporações, nos mostrando de forma crua e sem “massagem” a  inescrupulosa exploração da mão de obra, um dos vários exemplos, é a explicação que a Nike dá para justificar o trabalho escravo na Ásia, ou a Shell e sua destruição proposital do meio ambiente ou escutar da boca dos grandes empresários, que por eles, privatizavam até o oxigênio. É um tapa na cara para quem está dormindo ou um murro para quem acha que está acordado! Documentário obrigatório para entender o capital, consumismo e como a grande burguesia nos trata, rindo da nossa cara.

A História da Obsolência Planejada



Indicação da Maçãs Podres Márcio Bezerra, o filme fala de como os produtos são fabricados para ter uma validade curta e alimentar o consumo, roubando grana da população, pois mesmo antes da tecnologia chegar aos níveis que conhecemos atualmente,  as fábricas já eram capazes de produzir e já produziam objetos capazes de durar mais do que os que temos hoje em dia. A análise histórica deste processo de aprofundamento da exploração do capitalismo transformam-no num interessante documento histórico de denúncia. 


O World Trade Center e a pós-modernidade:
A Ideologia e a Consciência Dominante


“Fixar-se ao solo não é tão importante
se o solo pode ser alcançado e abandonado a vontade”
Z. Bauman- Modernidade líquida


Toda sociedade organiza-se sob a égide Econômica, e se sustenta pelos poderes Jurídico, Político e Ideológico. Estes níveis de estrutura de poder se encontram articulados de modo complexo e determinam o comportamento - o papel e função - social dos indivíduos.
Numa sociedade capitalista, a ideologia é um necessário instrumento de manutenção do poder e da dominação de uma classe social sobre outra, de um grupo étinico e/ou de gênero sobre outro. Agindo através do convencimento e iludindo a consciência humana ao mascarar a realidade da dominação e criar nos dominados valores antagonicos a sua emancipação. É assim que se constroi os mitos da consiencia coletiva e a história das mentalidades.
Entendamos ideologia como um fenômeno no qual os homens elaboram idéias e representações – por vezes, parciais ou completamente deturpadas - a respeito de suas realidades sociais, tomando-as como sendo o próprio real e ideal de suas vidas e influenciando em seus comportamentos e decisões. Eis aqui a sua função maior, é legitimar os interesses das classes e grupos dominantes, na manutenção de seus privilégios de status quo, a fim de convencer a maioria da população em acreditar que somos livres, que o Estado e a justiça são instituições neutras, que as informações que nos são passadas são “verdades absolutas” e as desigualdades sociais naturais e inalteráveis. É assim então que a construção/criação ilusória de uma essência universal, baseada no sentido de imutabilidade, dentro a consciência coletiva, se faz com o intuito de facilitar a perpetuação da dominação, a sensação de impotência e impossibilidade do desejo de transformação das estruturas que subjugam os seres humanos pelos próprios seres humanos.
Os signos do capitalismo americano
e a reconstrução dos símbolos imperialistas na mentalidade contemporânea
Se as ideologias pudessem ser descritas como representações metafóricas da realidade, cheias de elementos do imaginário coletivo que expressam desejos, sentimentos e nostalgias capazes de assegurarem a coesão das estruturas sociais a partir de aspectos culturais, econômicos e políticos pré-existentes em uma determinada realidade histórica. Assim, creio que a ideologia pode ser considerada o cimento do edifício social, construído a partir do alicerce econômico das relações de comportamento social. E se imaginarmos que as teorias psicológicas de existência de um subconsciente possam ser consideradas como reais, ou seja, que os conjuntos dos processos mentais que não são conscientemente pensados podem emergir para um estado consciente, tornarem-se capazes de influenciar em nossas decisões. As informações absorvidas por este nível mental teriam o poder de designar nosso comportamento, quais seriam os significados de três signos: o World Trade Center, o Pentágono e a Casa Branca, os alvos dos teóricos ataques de 11 de setembro de 2001? E quais as conseqüências da destruição destes símbolos nestes termos descritos acima?
O WTC seria/era o representante material do poderio econômico norte-americano. O edifício simbólico das transações financeiras do sistema capitalista na capital do mundo especulativo, industrial, comercial e monetário. O Pentágono seria o rei sol e estrela guia do poder bélico dos EUA que garante a sensação de segurança armada sobre os existentes direitos de propriedade. E a Casa Branca o símbolo da pureza política e dos valores de libertação democráticos. Todos sólidos como o monólito da superação humana em sua vitória civilizatória da selvageria e barbárie. Ou digamos que a Casa Branca é a mente, o Pentágono o falo ereto e o WTC as pernas que sustentam o corpo social no imaginário do edifício vivo e orgânico do capitalismo. Mas o quê ocorre quando as pernas são abruptamente amputadas de uma só vez e o pênis tem uma parte extirpada? Só sobraria a mente. Contudo, a quase morte do corpo é o primeiro passo para a libertação do espírito, e eis aqui a essência da resposta, pois mente é também uma representação lingüística para o conceito metafórico de alma e alma é um conceito metafórico do não material, para o eterno e para a imortalidade. Na difusão das imagens do ataque de 11 de setembro podemos dizer que a ideologia passada ao subconsciente, através dos meios de comunicação de massa, filha e herdeira da indústria do espetáculo e do entretenimento, poderia ser conceituada como uma ação de indução a crença e ao comportamento de coesão social, como dizem ocorrer como as tão controversas mensagens subliminares. Tornando-se, assim, um forte instrumento para a construção de uma percepção alienada da opressora realidade capitalista, pois ela deixaria de ser um corpo de existência material destrutível, para se transmutar numa essência intocável e infinita. E, pior, instituir no supersticioso sentimento popular o já rígido alicerce do comodismo, construindo uma má-consciência, uma má-fé nas camadas excluídas, com o puro objetivo de legitimar as propostas teóricas da imutabilidade das desigualdades sociais dentro do imaginário de senso comum. Inclusive utilizando-se da própria retórica marxista, presente no Manifesto Comunista, onde “devemos derreter os sólidos”, ou seja, roubando dos desesperados, mas ainda não completamente cegos de vontade o intuito de ter com quem lutar. Eis o que é a construção poderosa do sofisma capitalista: uma mão que atira no rosto dos que usavam as lentes o ácido da manipulação.
Conclusão: A grande ironia é o uso Ipsis litteris de um trecho marxista para a superação do sistema capitalista e de status quo que só poderia se dar com a transformação/destruição das bases estruturais e material que possibilita a sua existência, ou seja, com a superação do modo de produção capitalista. É atirar no inimigo com sua própria arma.

A base teórica da imaterialidade:
A arma acadêmica da ideologia anti-revolucionária
O principal argumento ideológico das teorias burguesas pós-modernas - na contestação das explicações da realidade social fundamentadas nos conceitos das teorias marxistas - é o fato de que “não vivemos mais a mesma realidade dos tempos de Marx”. Vejamos o que o sociólogo Bauman escreve sobre o novo espírito do capitalismo:

“Fixar-se ao solo não é tão importante se o solo pode ser alcançado e abandonado a vontade, imediatamente ou em pouquíssimo tempo. Por outro lado, fixar-se multo fortemente, sobrecarregando os laços com compromissos mutuamente vinculamos, pode ser positivamente prejudicial, dadas as novas oportunidades que surgem em outros lugares. Rockefeller pode ter desejado construir suas fabricas, estradas de ferro e torres de petróleo alta e volumosas e ser dono delas por um longo tempo (pela eternidade se medirmos o tempo pela duração da própria vida ou pela da família). Bill Gates, no entanto, não sente remorsos quando abandona posses de que se orgulhava ontem; é a velocidade atordoante da circulação, da reciclagem, do envelhecimento, do entulho e da substituição que traz lucro hoje - não a durabilidade do produto. Numa notável reversão da tradição milenar são os grandes e poderosos que evitam o durável e desejam o transitório, enquanto os da base da pirâmide - contra todas as chances - lutam desesperadamente para fazer suas frágeis, mesquinhas e transitórias posses durarem mais tempo
(Modernidade Liquida)


Dizem que o capitalismo industrial, seu maquinário pesado, suas massas aglomeradas de operários e a bipolarização da luta de classes foram substituídos pelo chamado capitalismo financeiro de “economia virtual e especulativa”, pelo mercado dos valores imateriais e consumo e pelo aparecimento de “novos” dos atores sociais, mas em que se baseia a nossa sobrevivência, em bens materiais ou em alimentos virtuais?
Um dos principais conceitos que refletem este “novo paradigma” sócio-filosófico é a linha de pensamento articulada pelo sociólogo Zigmunt Bauman, denominada de “modernidade liquida”. Nele se classificaria/qualificaria a radicalização da modernidade capitalista como “efêmera”, “transitória”, “fluida”, “veloz”, “diluída”, “fragmentada”, “pós-panóptica”, “vitual” e “liquefeita”. Eis que então estaríamos diante de uma essência “equitoplásmatica", um fantasmagórico que assombra e incorpora-se em nossas consciências como se fosse um espírito zombeteiro indestrutível. Lembramos que há alguns anos foi criado um “Tributo de Luz” que lembrou as torres gêmeas e forjou o conceito de imaterialidade econômica da atual fase do capitalista (no dia 09 de setembro de 2008). Esta “homenagem” fez parte do projeto de construção do Freedom Tower (Torre da Liberdade).
As palavras do sociólogo Karl Marx ajudam a solidificar um pouco mais sobre a atuação da ideologia sobre a mente das pessoas:


“As idéias da classe dominante são, em todas as épocas, as idéias dominantes, ou seja, a classe que é o poder material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, o seu poder espiritual dominante. A classe que tem à sua disposição os meios para a produção material dispõe assim, ao mesmo tempo, dos meios para a produção espiritual, pelo que lhe estão assim, ao mesmo tempo, submetidas em média as idéias daqueles a quem faltam os meios para a produção espiritual. As idéias dominantes não são mais do que a expressão ideal [ideell] das relações materiais dominantes, as relações materiais dominantes concebidas como idéias; portanto, das relações que precisamente tornam dominante uma classe, portanto as idéias do seu domínio. Os indivíduos que constituem a classe dominante também têm, entre outras coisas, consciência, e daí que pensem; na medida, portanto, em que dominam como classe e determinam todo o conteúdo de uma época histórica, é evidente que o fazem em toda a sua extensão, e portanto, entre outras coisas, dominam também como pensadores, como produtores de idéias, regulam a produção e a distribuição de idéias do seu tempo; que, portanto, as suas idéias são as idéias dominantes da época. Numa altura, por exemplo, e num país em que o poder real, a aristocracia e a burguesia lutam entre si pelo domínio, em que portanto o domínio está dividido, revela-se idéia dominante a doutrina da divisão dos poderes, que é agora declarada uma "lei eterna".”
(A Ideologia Alemã)
Por tudo isso, cuidado com a "academia" e a "verdade" dita nos jornais, pois sem nenhuma teoria paranóide, tentam nos fazer acreditar e viver um "mundo de mentira", mas ao que parece, ao menos nos documentários, existem várias pessoas despertando pra realidade concreta, e quem sabe um dia vejamos além dos filmes que “tudo o que é fálico se desmanche no ar”. Viva a insurreição feminista!
GRIF Maçãs Podres

2 comentários:

Discutindo História disse...

Muito bom o texto, não só na escrita como o objetivo da mensagem, clara e direta. Penso que é só com alternativas outras contra essa nossa televisão podre que poderemos romper, em partes, contra essa enchurrada de verdades que nossos marketeiros de plantão enfiam em nossa mente. Acho que são divulgações como essa que pode começar, mesmo que aos poucos, a mostrar que as verdades na história são sempre construídas para um determinado fim.

Zavo

GRIF Maçãs Podres - Anonymous disse...

Zavo,
agradecemos a força e sinta-se livre para comentar e acrescetar contextos históricos nos comentarios...
Saudações feministas