27 de mai. de 2011

Por que Dilma encerrou o projeto contra homofobia nas escolas?

Enquantos os presídios liberam as Travestis e Transex a usarem cortes femininos,  a Presidente Dilma proibe o Kit educacional Gay nas escolas...
dava pra alguém explicar isso?
Que o Brasil é um pais de contrastes todas as Maçãs Podres sabem, mas quando a questão é homofobia, a Esbôrnia brasileira tem tomado cada vez mais ares "kafkanianos". Eis que quando podiamos cogitar que o Brasil estaria consolidaria seu papel progressista,  surge a Dilma e bancada "Cristã" do congresso e   reeditam "a nova cruzada (nem tão nova) da catequese educacional do Brasil",
Logicamente isso não é de estranhar, já que no Brasil a homofobia e o despreparo educacional são sinônimos de “ziri-gui-dum e balacubaco”. Ao lado, as Maçãs Podres poderão ver os "escandalosos" vídeos proibidos pelo governo Rousseff.
No Brasil,
as escolas ficaram mais machistas que as prisões
Panfleto Homofóbico de Bolsonaro
Como o reconhecimento da união afetiva entre pessoas do mesmo sexo promulgada pelo STJ e com a publicação, no dia 28 de março, que a Secretaria de Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro permitiria as “detentas homossexuais ter o direito a visitas íntimas”, passamos a enterder a total "inadequação" da atitude "dilmesca", pois é muito paradoxal pensar as Travestis e Transexuais presas  terão a permissão de obter fornecimento para seu tratamento hormonal e usarem penteados femininos, os agentes penitenciários terão palestras e cursos quanto ao tratamento adequado com tais questões de orientação sexual, cartilhas para os funcionários dos presídios e detentos, para combater o preconceito, enquanto nas escolas a situação se inverte e  fadad@s proferssor@s e estudantes ficaram sem materiais capazes de promover uma mínima educação anti homofobia, ou seja, os presídios viraram escolas e as escolas viraram presídios.
Assim, ao que parece, se uma jovem Transex pretender mais respeito institucional aos direitos humanos, terá que lutar pra ser presa numa cadeia carioca, pois tudo indica que não exitirão mais tantas diferenças assim, na verdade, as escolas no Brasil estão  mais conservadoras que os presidios do Rio de Janeiro.

Vice-diretora pergunta a criança de 11 anos:
 "você gosta de Homem ou de Mulher?"
No dia 06 deste mês, uma criança de 11 anos foi suspensa pela vice-diretora por “ousadia e indecência com outro aluno”. Não satisfeita, tal preparada “pedagoga”, perguntou a criança: 'Você gosta de homem ou de mulher?' E só para piorar a situação, ela mandou para a mãe da criança uma carta dizendo que a criança “não estava sendo respeitada na escola” (por quem, alunos, professores ou direção?) por se comportar de forma “inadequada”. Agora imaginem se isso fosse segredo da criança? Se ela só estivesse brincando ela teria maturidade para se defender das consequências que tal suspensão trará pra ela, ao retornar a escola?  Outra, e se a mãe ou o pai da criança fossem “homofóbicos violentos” (duas coisas que normalmente podem andar juntas) quem responderia pelo prejuízo físico da criança (já que o estrago psicológico já foi feito)?
A justificativa da presidente sobre o material ser "inadeguado" prova o quanto temos de “memória curta”, pois a poucos meses o debate contra bullying era enorme, e a mensagem do Wellington direta “até quando vão deixar que coisas assim aconteçam?”. Eis foi um péssimo momento para tal proibição, já que  poucos dias antes houve de um intenso debate ocorrido, ali mesmo de baixo dos tetos de Brasilia, com Seminário LGBT do Congresso Nacional e a II Marcha Contra a Homofobia, e nenhum mês apos o STJ aprovar a união afetiva de pessoas do mesmo sexo.
Finalmente
Qual foi a titica que se passou na cabeça da Dilma? 
Depois de perder a votação do Código Florestal e se ver na difícil situação de ter seu "Palocci" novamente empalhado, nossa presidente decidiu, através de uma estranha "reunião", puro conchavo, vetar a distribuição do material pedagógico contra a homofobia que ficou conhecido como "KIT-GAY" nas escolas públicas. A justificativa foi de que o material era "inadeguado". Algo que verdadeiramente não nos surpreendeu.
A real é que os "conselheiro pedagógicos" reivindicaram parte da alma que a Dilma vendeu ao demônio nos acordos eleitorais assumidos pela presidente durante "a crise do aborto" lançada pelos emails dos lacaios favoráveis de José Serra. As consequências do apoio dado pelos grupos evangêlicos já mostrava que "negociatas viriam, ou seja, antes mesmo de seu nascimento efetivo, o projeto anti homofobia nas escolas foi "abortado". Só faltava agora o eloquente Jair Bolsonaro, que pode livremente distruibuir panfletos homofóbios nas escolas, assumir o cargo de Cardeal Richelieu da Casa Civil para que a Esbônia Brasileira fique completa.
Quando o "Medo Político" vence a "Esperança"
Falando sério, a Dilma afirmou que "o Estado não pode se envolver em assuntos privados da familia", ora xotas, perguntamos então o por que do aborto ainda não ser legalizado, já que a decisão de ter ou não ter um filho é de fôro da mulher, e quando ela assim quiser, do casal?
Fica bem visível qual será o próximo passo Mefistofoles de Dilma em seu processo de "afastamento da espiritualidade feminista", pois depois destas quem duvida que os grupos católicos, a metade complementar do "inferno que são os outros", reivindiquem sua parte d'alma de Dilma quando projetos sobre a interrupção legal da grvidez forem entrar, sabe-se lá quando, no congresso?
Ao menos agora nós sabemos o nível dos acordos que a presidente fez ao pedir o apoio de evangélicos e católicos antes de se eleger. Mas também o que poderiamos esperar da Presidente do Estado Patriarcal Brasileiro?Com toda sinceridade, enquanto mulher, esperamos que Dilma consiga sair "viva" do dantesco inferno em que ela se meteu, pois para nós, feministas, movimento LGBTT e educador@s de bom senso, sobra apenas cair na cruel realidade (de conservadorismo político e bullying homofóbico) que se perdeu na "esperança feminista", antes "lulesca", de que eleger uma mulher poderia ajudar a solucionar certas coisas. Resta continuarmos fortalecendo a luta. E desta maneira, se "eles" proibem o Kit Anti Homofobia nas Escolas, as Maçãs Podres liberam.
Viva o Movimento Feminista.
 Texto: Ana Clara Marques e Patrick Monteiro

Um comentário:

Kriss Little Fox disse...

Parabéns por esse post tão contundente! Esse blog é um arraso!