Referente a este caso, uma pergunta foi elencada por nós: porque a advogada Mércia Nakashima não fez uso da lei Maria da Penha, se poucas mulheres como ela tem instrumentalização suficiente para isso?
A resposta é óbvia: poucas mulheres sabem tanto o quanto Mércia sabia, inclusive por profissão, que as leis do Estado são para proteger os interesses dos poderosos, para aplacar a sede de vingança e para ordenar a vida das pessoas de baixa renda, ou para qualquer outra coisa, mas não para promover equidade.
O principal suspeito, Mizael Bisbo de Sousa, ex-policial e advogado, é um homem que sabe bem como funcionam os instrumentos legais, tanto que mesmo não possuindo um álibi, mesmo tendo sido achado o corpo da Drª Nakashima, diferente do Bruno, o Bispo ainda se encontra em liberdade.
Para reforçarmos este argumento, é valido relembrarmos que Mizael possui contra si três boletins de ocorrência envolvendo casos de violência familiar/doméstica, ou seja, recai sobre ele denuncias de ameaça e lesão corporal cometida contra sua ex-esposa.
O fato admitido por ele, porém, o pior é que o mesmo afirmou que irá usar a agredida como testemunha de defesa, se for indiciado pelo homicídio de Mércia. A estratégia jurídica é questionar se ele já teria tentado matá-la. E se a resposta for negativa, este seria um indicio que não pesaria sobre ele nenhuma tentativa anterior de homicídio.
O fato admitido por ele, porém, o pior é que o mesmo afirmou que irá usar a agredida como testemunha de defesa, se for indiciado pelo homicídio de Mércia. A estratégia jurídica é questionar se ele já teria tentado matá-la. E se a resposta for negativa, este seria um indicio que não pesaria sobre ele nenhuma tentativa anterior de homicídio.
Se a Drª Mércia sabia que Mizael respondia por esta acusação e nada lhe acontecia, conhecendo a despreparação dos representantes da lei para as questões de gênero, o modo sádico, relapso, humilhante e moralista que as vítimas são tratadas no momento das denúncias contra a violência masculina e por todo estudo que foi obrigada a fazer sobre como se estrutura o poder do Estado, de que maneira e quem ele representa, fica objetivado os motivos pelos quais ela não tentou usar dos dispositivos da lei Maria da Penha, após a insistência de Mizael em continuar a procurá-la com fim da relação.
Um comentário:
concordo plenamente,acho um absurdo como as leis sao brandas com esses assasinos, isso precisa mudar para que nao continuemos a assistir pacificamente a esses crimes hediondos com grande possibilidades dos envolvidos ficarem impunes!!!!protesto e lamento..... mudança ja!!!
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