15 de ago. de 2010

O elitismo de Maitê Proença (e Rita Lee) contra Dilma Rousseff (e Marina Silva) na presidência

O Elitismo Cultural em favor das Desigualdades Humanas

Símbolo do elitismo social brasileiro, o Sr. Caetano Veloso declarou há quase um ano seu apoio a candidatura de uma mulher: MARINA SILVA. O fato seria louvável se não refletisse as deformações do patriarcado, em específico, a desigualdade referente a classe econômica (click na foto ao lado). O motivo do dado apoio, não foi a história de luta da candidata ou sua condição de oprimida (fêmea), mas o que ela tem de elitista: o diploma universitário. Por considerar o atual presidente “analfabeto, cafona e grosseiro”, o Sr. Veloso se pôs ao lado de Marina Silva por pura consciência de classe burguesa. O exemplo do Sr. Veloso ecoa agora com a entrevista de Maitê Proença ao Blog do Estadão, e a dubitável declaração de Rita Lee num dos seus shows. Estes posicionamentos objetivam a discussão: “eleger/incluir uma mulher no parlamento masculino significa desconstruir os valores estruturais do machismo" (a desigualdade entre as pessoas)?

Maitê Proença:
"Uma branca de neve"
Na semana passada, a atriz global Maitê Proença declarou ao Blog do Estadão algo como: “que os machos selvagens nos salvem da Dilma”. A declaração é complicadíssima, pois a Sra. Maitê é uma mulher vítima de diversos níveis de violência do patriarcado. Aos 12 de idade, a atriz teve a mãe assassinada pelo pai por adultério. Aparentemente depôs em favor do pai (testemunha de defesa dele) o que a colocou em oposição com o resto da família. Anos depois ele se suicidou, após pedir que promovessem uma eutanásia, devido a um câncer no cérebro. Teve um irmão que morreu de alcoolismo no seu colo. E alcançou o auge profissional fazendo uma cortesã. O sucesso se deu, menos por seu talento de interpretação, mais pelas constantes cenas de nudez da novela “Dona Beija”. Como consta em sites da net, em seu último livro (“Uma Vida Inventada” - teoricamente autobiográfico) aos 16, fez um aborto. Mas a pergunta que nos fizemos é: “por que com uma vida tão agredida pelo machismo, a atriz não questionou mais profundamente as estruturas do patriarcado, antes de sua declaração”? Veja abaixo a declarção da global:
"Blog do Estadão:
Já decidiu seu voto? O que acha das atuais opções para a Presidência da República?

Maitê Proença:
Gosto da Marina e do Serra.

Blog do Estadão:
 O feminismo já era ou a mulher ainda precisa lutar contra as discriminações da sociedade?

Maitê Proença:
A mulher ainda é tratada como escrava na África, Ásia, países árabes, na maior parte do planeta. Só no ocidente houve progressos, muitos, mas ainda há discriminação. Quem sabe a própria venha a calhar nesse momento de eleições, atiçando os machos selvagens e nos salvando da Dilma."
A resposta parece-nos estar na condição étnica-econômica dela. Isso fica evidente quando a atriz declara que prefere que os homens se voltem contra a candidata do PT , do que tê-la na presidência. É na defesa de sua classe social, que a Sra. Maitê se volta contra a Candidata Dilma, pseudo-defensora dos pobres.
Não há para Maitê Proença feminismo que resista se a sua elitização for posta em risco. Descaradamente, parece que a jocosa piada desmascarou-a, Maitê é a representante da beleza branca e burguesa que se põem em favor das mulheres de regiões longínquas, por não querer a igualdade próxima de sua residência.

Rita Lee,
Uma "bruxa malvada"?

A cantora Rita Lee é famosa por fazer “provações piadistas”, suas polêmicas rendem destaque nos noticiários. "Rebelde, descolada, ex-musa do tropicalismo", passado o tempo, sobrevoa sobre ela agora o arquétipo da "bruxa má". Arquétipo com o qual ela usa como persona. Porém, o uso constante do "humor" pode revelar a verdadeira face de alguém, derrubando as máscaras e mostrandoa todos  o moralismo e intenções de classe.
A última da cantora foi o comentário sobre Dilma (PT), Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Em relação a candidata do Lula, ela disse, “parece uma boneca fabricada, importadinha da Holanda”. O ex-governador de São Paulo foi comparado a um tio dela, “que só ligava para dar notícias ruins”. E a que deu a grande polêmica foi a declaração sobre a “Ex-Ministra do Meio-ambiente”.
No site do fã clube oficial da cantora a frase é coloca sobre suspeita.  Marina seria considerada pela cantora "fraquinha" (fisicamente é claro), chega dá vontade de dar vitamina pra presidência ficar mais forte.  E em outros sites, em especial o do Professor José Ribamar, dizem que ela não votaria em Marina “porque ela tem cara de quem passa fome”. Duas versões e uma mesma declaração.
Dentre as interpretações, uma coisa é fato, não importa tanto se a Rita Lee disse de um modo ou de outro, mas a intenção elitista da frase, manipulada pela imprensa ou não. Os comentários só afirmam o machismo, a moral e a higienização burguesa. Sobre Serra e Dilma fica nítida a naturalização dos papéis de gênero. Para a população qual candidata(o) seria mais adequada(o)? Uma “boneca inflável" (mulher) ou um “tio” que dá noticias ruins (homem)?
Sobre Marina é óbvio que a fome que a cantora enxerga ou disseram ter visto na candidata, com certeza a incomoda muita gente, afinal, não é nada agradável ver pessoas com esta aparência frágil. Elas carregam o estigma da pobreza, da desigualdade. Burgueses não gostam de ver estampada na TV ou nas reportagens internacionais a miséria alheia que é a razão de sua riqueza. Até por isso existe “Crianças Esperanças sorrindo”, para mostrar os pobres “saudáveis”.
fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/269/entrevista/index_2.htm
Rita Lee por ser uma mulher dentro do “rockmacho”, percebeu como poderia fazer o “diferencial”. Destacou-se por fazer músicas com uma aparente “pitadinha de questionamentos” sobre a sexualidade. E deu certo! Todas as mulheres, desde as “patroas babacas e até as empregadas mandonas, de Porto Alegre a Natal, da rainha do tanque a Pagu indignada no palanque” são a mesma coisa em suas músicas: estereótipos machistas. Esta foi a $acada empresarial de Rita Lee, mostrar as mulheres como isso ou aquilo, sem ampliar seu leque de opções. A maior prova disso foi o modo que Rita Lee lançou a Adriana Calcanhoto para a mídia, colocando-a nua num show para alegrar o público masculino, durante a canção “Miss Brasil 2000”. Click na foto acima.
Mesmo com uma imagem de libertária, Rita Lee nunca colocou sua imagem nua no meio midiatico do mercado sexual. O que é algo positivo numa sociedade que nos define como coisas. Porém, ela submete outra mulher e arremata seu corpo no mercado, assim ela se colocou como oposição a nudez de Adriana Calcanhoto e novamente sendo uma novidade no meio musical. E por ser a cantora Rita Lee, ela acabou tornando público e submetendo todas as mulheres a esta mesma condição, anulando qualquer possibilidade do exercício pleno da sexualidade humana. Se a frase não for dela, a manipulação só reflete o machismo com o qual a Rita Lee já lucrou, mesmo que de modo contraditório.

A posição presidencial das Maçãs Podres:
Porque nenhuma destas pessoas representa as concepções feministas
Nossa opinião sobre Marina Silva não é nada “pessoal”. É um posicionamento. Como a Sra Marina Silva é “pessoalmente” contra o aborto e é contra o casamento gay, não é de se admirar que a mesma é uma seguidora dos dogmas da Assembleia de Deus. Sendo assim, o que é pessoal é politico e os conceitos religiosos que ela expressa vão definir os rumos políticos de sua plataforma de governo.
Quando questionada em relação ao aborto, ela lança como solução o famoso plebiscito. Este é o mesmo discurso usado pelos conservadores de centro-esquerda. Seria no plebiscito, segundo Marina Silva, que a decisão de legalizar ou de manter a criminalização do aborto se definiria. Marina e todos os cristãos devem ficar na torcida da criminalização.
Nem de torcida precisa, se católicos, protestantes e espíritas somam mais de 90% da população, portanto sabemos a resposta. Caindo por terra a palavra mágica da Marina Silva, o tal “pessoalmente”. O pessoalmente é que decide as coisas.
A candidata culpa a desinformação como o problema do aborto. Estamos na “sociedade da informação”. Ela está em todas as classes e todos os gêneros, porém informação não é conhecimento. Conhecimento é algo que faz sentido na vida das pessoas. Não é um panfleto sobre como colocar a camisinha. E nem é uma palestra assustadora sobre os perigos do sexo. Portanto, o grande culpado desta “desinformação” é o próprio Estado, que não é laico e coloca informações cheias de moralismo na escola, na saúde, na mídia e na família.
Sobre Dilma, já temos um texto que expressa a nossa visão do processo político em que esta inserida.
Como Dilma vem repetidamente dizendo "nós, mulheres, nascemos com o sentimento de cuidar, amparar e proteger. Somos imbatíveis na defesa de nossos filhos e de nossa família'", nossa posição é de não nos sentirmos contempladas com sua candidatura.
Por consciência ou não, a imagem que a presidenciável reafirma é a  das figuras essencialista da “cuidadora e da mãe”. Seu marketing valoriza as funções domésticas projetadas para as mulheres. Se a maternidade é a grande qualidade das mulheres é porque assim os homens o querem. Com posições como esta, a candidata do PT contribui com o patriarcado, destinando o lar e a família como espaços naturais das mulheres.
Sobre Serra nem precisamos dizer que ele representa tudo que não queremos para o mundo.
Na dúvida, poderíamos sim votar em qualquer uma destas mulheres, por uma opção de gênero, porém defendemos terminantemente a anulação do voto de todas as feministas, de todas mulheres e de todas as pessoas no Brasil. O voto deve ser sim um poder popular, entretanto no sistema social que vivemos, quando muito, ele é um poder que só existe no dia da eleição.
Para as Maçãs Podres, o elitismo de Sr. Veloso e Dona Beija representam os galhos da árvore do patriarcado. Como as raizes das diferenças econômicas surgiram com sujeição feminina, para a manutenção do meios de produção nas mãos masculinas. Não há como dissociar a questão de classe econômica com a desigualdade dos sexos. Qualquer pessoa que defenda os valores elititas, acabam por defenderem também o machismo, por ser o atual sistema econômico, a expressão dos valores dos machos.  
Deixamos uma máxima:
"Enquanto os homens exercem seus 'podres' poderes", sejamos pessoas conscientes: VOTEMOS NULO! Até porque a democracia no Brasil é sinônimo de carnaval sem sexo.

Texto: Ana Clara Marques e Patrick Monteiro

9 comentários:

Adília disse...

Gostei da análise que fizeram e que me pareceu correcta. só discordo e muito do vosso apelo ao voto nulo. Li recentemente um texto de uma feminista norte-americana no qual ela evoca a postura das feministas e de sectores da esquerda nos fins da década de 70 que, desiludidos com o partido democrata e com o desempenho do anterior candidato Jimy Carter, resolveram não participar na campanha, não mobilizar pessoas, não votar, e sabem qual foi o resultado? oito anos de pesadelo do governo Reagan que tudo fez para derrubar as conquistas alcançadas. A Dilma pode ser isso tudo que voces dizem mas pelo menos pode abrir uma janela de oportunidades que o outro e a outra vão decidiamente fechar. Pensem bem.Quem vai ser favorecido com o voto nulo? de certo que a direita, porque essa não vai ter duvidas e quer goste ou não do candidadto vai votar nele para impedir o sucesso da Dilma.

Roberta disse...

Discordo totalemnte do voto nulo
Se nós feministas quisermos ir pra frente,não podemos ficar sentadas esperando uma deusa feminista se eleger né
A Dilma é politica,ela tem que passar uma imagem pra conseguir se eleger,isso é fato,se um candidato no Brasil se revelar algo que esta fora de nossos padrões conservadores,é certo que vai perder muitos votos,por isso a Dilma é esperta o bastante pra criar uma imagem em torno de si e se eleger
Politica é assim,jogo de imagens
Vou votar nela,ela pode não ser um sonho feminista,mas como mulher merece estar lá

GRIF Maçãs Podres - Anonymous disse...

Adília e Roberta

FATO 1
Primeira onda feminista: luta sufragista.
CONJUNTURA (a partir do séc. XVIII):
Proibição da participação política das mulheres = Opressão do Estado

FATO 2
Segunda onda feminista: Emancipação ou libertação das mulheres
CONJUNTURA (1960-1980):
Bipolaridade econômica = luta de classes

FATO 3
Terceira onda feminista: Fragmentação do movimento
CONJUNTURA (1990-dias atuais):
Hegemonia do capitalismo=individualização das lutas sociais

CONCLUSÃO:
Opressão objetiva = mobilização das massas

GRIF Maçãs Podres - Anonymous disse...

Na história dos movimentos sociais, as ações de enfrentamento ocorreram quando existia um inimigo totalizado. O feminismo surge no berço da democracia moderna, porque o Estado norte-americano mostrava-se declaradamente opressor, não incluía o direito feminino ao voto. Conquistado o direito, ocorreu uma gradual desmobilização da luta durante décadas seguintes.
Devido a guerra fria, o movimento de mulheres refletiu a bipolarização econômica: mulheres que pregavam a independência financeira (burguesas) e feministas que defendiam a superação do sistema de classe sexual (socialistas/comunistas). As teóricas de esquerda tinham aliança com feministas negras. Aqui o feminismo viveu seu auge de internacionalização, pois o inimigo declarado era o Estado capitalista (branco), em qualquer parte do mundo.
Com a nova ordem econômica, os movimentos sociais em geral se fragmentaram, o sistema binário sexual foi abolido da produção acadêmica (porque a luta de classe econômica foi posta em dúvida) e a política de inclusão social se instituiu como base do processo político. O discurso feminista deixou de traçar o ideal de transformação radical, se adequando as normas vigentes da hegemonia econômica (“os novos atores sociais”). Migalhas vieram para todos os movimentos (institucionalização dos movimentos em ONGs, cargos comissionados, secretarias especiais de políticas publicas, etc.), e o resultado é o controle das convulsões sociais. O Estado deixa de ser um opressor declarado e passa a ser financiador dos movimentos sociais, delimitando suas plataformas teóricas e ações políticas.

GRIF Maçãs Podres - Anonymous disse...

Como isso ocorreu?
Os EUA implementam o governo Reagan (1980-89), com medidas iguais as de Margaret Thatcher na Grã-Bretanha. Durante o processo ocorre a Perestroika e a Glasnost (1985), na antiga URSS,e a queda do muro de Berlin (1989), e no mesmo ano, a primeira eleição presidencial pós-ditadura no Brasil.
Seguem-se as políticas adotadas nestes países: a privatização das empresas públicas, redução dos impostos das empresas e propriedades, congelamento dos salários de funcionários públicos e a não contratação, a fusão das multinacionais e o surgimento das grandes corporações transnacionais. Processo parecido ocorreu do governo Collor ao FHC. Esta diretriz política recebe o nome de neoliberalismo.
As conseqüências deste fenômeno são extremamente visíveis no Brasil durante o governo Lula: diminuição das greves, não-aprovação das cotas raciais, precarização das condições de trabalho, estagnação das ocupações de terra, exclusão da proposta de legalização do aborto na plataforma do PT. Em contrapartida, os bancos superaram os lucros de décadas anteriores, houve aumento da produção industrial e do consumo, todas as políticas públicas para as mulheres se voltaram para a promoção da família, o Estado passa a tutelar (tornar dependentes) as populações de baixa renda, diminuindo os enfrentamentos políticos.
O voto nulo não é uma arma para a desmobilização e sim uma arma em favor da rearticulação dos movimentos sociais, pois para as mulheres quando o inimigo não é declarado, a história prova a estagnação do movimento (como de todos os outros). Fica difícil dos movimentos se posicionarem contra, quando um de seus representantes esta no poder. Isso é Maquiavel. Assim como é Maquiavel, dizer que se deve vender a imagem política da Dilma para ela conseguir se eleger passando uma imagem que rejeite seu passado de luta. Esta é a arma que o Estado utiliza para desmobilizar as massas: “todos se vendem, se submetem, pois todos tem seu preço”. Suprindo parte de nossas necessidades efêmeras, reformando as estruturas da opressão e apagando a historia das lutas para as novas gerações.

GRIF Maçãs Podres - Anonymous disse...

Sejamos realistas, a Dilma não representa qualquer panorama de superação da sociedade machista, assim como os outros candidatos. Se a maioria da população anulasse o voto, no mínimo, a “esquerda” derrotada se reorganizaria em suas práticas; os movimentos restabeleceriam o diálogo com as bases, entre os diversos setores e reavaliariam suas “individualizações”, formando novas diretrizes; com a repercussão, a população repensaria o discurso falsário de que o voto é uma representação concreta de cidadania (instituindo pra si a responsabilidade de sua atuação política); e os conservadores tornar-se-iam “o inimigo totalizado” novamente, pois precisariam resignificar os signos do Estado e da democracia, aumentando a opressão concreta e não-demagoga. Nossas armas não se voltam contra a Dilma (ex-militante armada), mas contra todo realidade patriarcal.

Roberta disse...

Eu entendi Maçã,realmente seria perfeito se isso acontessece,mas sejamos realistas,isso não vai acontecer.Muito dificil a grande maioria da população,ainda mais a massa,anular seu voto por motivos politicos,imagina feministas.Concordo,a Dilma não representa o movimento feminista,mas como mulher ela já é um tapa na cara dos machistas,para avançarmos precisamos ter mais mulheres na politica,pq como os homens ela merece estar lá.Vamos deixar de votar em mulher só pq ela não se diz feminista?A Dilma pode não ser perfeita,a Marina tbm não,mas como mulheres elas lutaram contra o machismo para chegar onde estão e portanto merecem a atenção das feministas e como mulheres aposto que darão mais atenção as outras mulheres,lutando pelos nossos direitos(chamando isso de feminismo ou não)sem falar que são um exemplo de que SIM,nós mulheres podemos chegar a presidencia!Se ficarmos paradas esperando a candidata perfeita cair do céu que se assume feminista para todos,bem,vamos esperar muito,eu quero mudar AGORA,voto na Dilma por esse e por outros motivos

GRIF Maçãs Podres - Anonymous disse...

Roberta
O determinismo social em dizer “não vai acontecer” é perigoso. Este é o discurso das antifeministas. É o mesmo que os homens dizem sobre as transformações que o feminismo propõe. Este determinismo não pode ser usado para deslegitimar o que é reconhecidamente válido (o feminismo), inclusive como você mesma escreveu. Outro aspecto é o fato de se votar numa mulher pelo simples fato dela ser uma mulher. Se o PT lançasse a candidatura da Doutora Lenise Garcia, você votaria nela só por ser mulher? Nós não. Podemos citar muitas mulheres no Brasil, tanto de direita quanto de centro que utiliza o discurso de “proteção e cuidado as mulheres” e no fundo são “colaboracionista do machismo” (conceito da Simone de Beauvoir). Afinal, duvidar das “massas” é duvidar da maioria das pessoas. É duvidar do poder das mulheres, pois somos mais da metade da população. Não queremos mais mulheres no poder, queremos mais feministas conscientes. Entre lutar para eleger uma mulher que não represente a luta das mulheres e lutar para melhorar as condições de vida de todas, com a legalização do aborto e com a abolição das estruturas patriarcais, nós escolhemos a segunda opção. Temos um posicionamento político ligado as teorias feministas não-burguesas. Apresentamos o problemático panorama e frente a isso vimos no voto nulo uma forma de mexer nas estruturas e instigar os movimentos sociais a se posicionarem. Nós Maçãs Podres não somos nem anti, nem pró-Dilma. Somos contra o patriarcado como um todo. Não faremos campanha viral em favor do voto nulo. Apenas comprovamos a nulidade do processo eleitoral.
Saudações feministas!

Anônimo disse...

Engraçado...
Os presidentes anteriores, em especial o último ( Fernando Henrique Cardoso ) tinham diploma universitário e não conseguiram fazer nem 20% do que o Lula fez...
Quem é analfabeto? Quem tinha diploma e não conseguiu fazer ou quem fez sem diploma e até como o próprio disse: " sem saber seque falar direito"???